Resenha | Cidades de Papel de John Green
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580573749
Páginas: 368
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Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita.
Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.
Eu nunca escrevi uma resenha literária, então se ficar estranho, chato ou cansativo, por favor, me avisem nos comentários tanto daqui quanto da page do blog ;)
Talvez eu solte algum spoiler sem perceber então é por conta e risco de vocês u_u
Capa e contra-capa |
Aba |
Duas das primeiras páginas |
Calma, isso aqui não é CSI ou Bones. Mas é exatamente assim que começa a história de Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman.
Depois dos acontecimentos que seriam traumáticos para qualquer criança, menos Quentin e Margo, os dois não são mais tão amigos assim. Os anos se passam e eles se tornam colegas. Bem aquele esquema de oi e tchau, ou até menos do que isso. O fato é que, em uma noite, Margo aparece na janela de seu velho amigo Q propondo que ele se juntasse a ela para farrear durante a madrugada toda. Mas há intenções mais "obscuras". A intenção de Margo é se vingar daqueles que dizem ser seus amigos.
Após a noite cheia de aventuras por todos os cantos da cidade, a garota a quem Quentin ainda alimenta um sentimento some. Simplesmente desaparece.
Bem, a única coisa que conto daqui pra frente, para não estragar a surpresa, é que o livro é focado em duas coisas, duas lições de vida, na verdade. A de como é partir, deixar aquilo que você ama e que fez grande parte da sua vida para trás, o que é difícil porém libertador; e a de não criar expectativas ou a imagem perfeita para as pessoas, até porque elas, provavelmente, são diferentes do que você imaginou.
Não tem nem o que colocar defeito na escrita e como João Verde leva a gente pra dentro da vida dos personagens. Eu me vi frustrada junto com Quentin, quando ele não conseguia entender o poema "Canção de mim mesmo" e também senti raiva de quando Ben dava uma de egoísta.
Eu só demorei para ler Cidades de Papel porque entrei em um momento em que eu estava quase tendo uma overdose de John Green e eu não queria enjoar do livro, então dei um tempo. Mas quando voltei a lê-lo, vesh, foi rapidão. É uma leitura que flui como qualquer outro livro do autor.
Tem muita gente que ama ouvir música enquanto lê pra dar aquele clima mais tenso. A música não tem nada a ver com a história do livro, mas eu li praticamente o livro inteiro escutando Sun of a Gun, que tem uma pegada mais agitadinha que combina com a animação de Q e seus amigos, e Lean da Oh Land que é mais suave e que me fez viajar nas páginas.
Cidades de Papel leva 4 corações por dois motivos: 1) não superou o amor que sinto por O Teorema Katherine, livro também escrito por John Green, e 2) deixa o fim em aberto e isso às vezes me irrita, porque eu quero saber tudo direitinho e assim fico louca pra ter uma continuação e eu sei que não teremos um Cidades de Papel 2.
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